Tatiana é bióloga pela Universidade Católica do Equador e possui mestrado em Áreas Protegidas pela Universidade Autônoma de Madrid. Ela trabalhou durante mais de quinze anos em pesquisa e conservação de aves e é coordenadora de projetos na Aves y Conservación/BirdLife no Equador. Seu principal interesse é a ecologia dos beija-flores, em particular na ecologia de uma das espécies mais ameaçadas, o beija-flor de peito negro “puffleg” (Eriocnemis nigrivestis). Tatiana lidera o programa de Censo de Aves Aquáticas Neotropicais desde 2004, faz parte do Comitê Nacional dos Encontros Ornitológicos do Equador desde 2005 e do grupo de trabalho da Lista Vermelha de Aves do Equador. Tatiana tem colaborado com a Prof.ª Dr.ª Catherine Graham desde o início do projeto EPHI em 2016. Ela coletou dados sobre a fenologia floral, interações planta-beija-flor e disponibilidade de néctar, principalmente nos transectos Yanacocha e Verdecocha. Tatiana tem sido fundamental na tradução do conhecimento ecológico gerado pelo projeto EPHI em ações de conservação. Em colaboração com colegas no Equador, plantas nativas visitadas por beija-flores estão sendo propagadas para restauração e enriquecimento de habitat. Esta atividade é financiada pelo Critical Ecosystem Partnership Fund e, mais recentemente, pelo Programa Russell E. Train Education for Nature do WWF.
Francisco é formado em Engenharia da Gestão de Recursos Naturais pela Universidade Técnica do Norte de Ibarra. É pesquisador associado ao Herbário Nacional do Equador e especialista na família Orchidaceae. Ele trabalha como botânico para o projeto EPHI desde 2017, identificando espécies de plantas utilizadas por beija-flores em todos os transectos, realização de coletas de plantas a serem depositadas no herbário, revisão de nomenclatura das espécies, desenvolvimento de protocolos de coleta de flores e medidas morfométricas e elaboração de guias de campo de plantas. Francisco também colaborou na obtenção dos dados fenológicos, na coleta de flores de todas as espécies identificadas durante o projeto e nas fotografias de campo para as medições morfométricas. Como resultado do extenso trabalho botânico, foi possível identificar novas espécies para a ciência que estão sendo descritas por Francisco e colaboradores especialistas em alguns grupos botânicos.
Holger trabalha como guia e coordenador de pesquisas científicas na reserva da Floresta Nublada Santa Lucía, no noroeste do Equador. Com um profundo interesse pela natureza, ele foi responsável por diversas atividades de pesquisa, como na instalação das armadilhas fotográficas e monitoramento de aves. Ele vem coletando dados para o projeto EPHI desde 2013, fazendo transectos e colocando câmeras em seis transectos ao longo de um gradiente de elevação de 1.300m a 2.500m na reserva Santa Lucía e Maquipucuna.
Nicole é uma bióloga alemã que mora no Equador há 12 anos. Em 2004-2005 fez o trabalho de campo para a sua dissertação de mestrado perto de Mindo (Sachatamia), onde investigou os sistemas de polinização das bromélias. Desde 2008, ela é proprietária da reserva Un Poco del Chocó, uma das reservas privadas que fazem parte do projeto EPHI. Nicole e seu assistente de campo Christian coletam dados sobre a fenologia de flores e redes de polinização na floresta e em transectos de áreas desmatadas. Além disso, diversos projetos de pesquisa são conduzidos na reserva com alunos, que medem o néctar, coletam pólen em beija-flores e medem o impacto dos alimentadores artificiais de beija-flores. Nicole colabora como pesquisadora com o projeto EPHI e supervisiona os vários projetos associados.
Andrea é bióloga graduada pela Universidade de Azuay, Equador, e recentemente concluiu seu mestrado em Ecologia e Conservação pela Universidade Federal do Paraná, Brasil. Seus interesses profissionais são redes de interação, ecologia da polinização e conservação da biodiversidade. Andrea atuou como coordenadora do projeto EPHI no Equador em 2017, quando também realizou censos de flores e colocou câmeras nas reservas Las Gralarias e Mashpi. Entre 2018-2020 fez parte do EPHI Brasil, onde colaborou com o projeto através de sua dissertação de mestrado. Sua pesquisa baseou-se na partição de nicho diária de beija-flores e plantas no sudeste da Mata Atlântica. Andrea continuará sua colaboração com o projeto e em breve começará a buscar oportunidades de doutorado para expandir seus conhecimentos sobre beija-flores e plantas.
Friederike é bióloga com especialização em ecologia, ornitologia e conservação. Ela trabalhou em diferentes projetos de pesquisa com aves e ecossistemas na Europa e na África antes de se envolver no projeto EPHI Equador entre 2018 e 2019. Friederike apoiou a coordenação do projeto e coleta de dados de recursos florais e interações planta-beija-flor em dois transectos localizados em Las Gralarias e Mashpi reservas. Atualmente, ela coordena o programa de Áreas Importantes para a Biodiversidade das Américas (IBAs e KBAs) na Secretaria regional da BirdLife International.
Andrés é biólogo da Universidade Central do Equador e trabalhou como voluntário em diversos projetos relacionados ao estudo das aves. Ele fez um estágio no Arizona com a Hummingbird Monitoring Network para aprender sobre técnicas de monitoramento de beija-flores. Ele também participou de censos de aves aquáticas e do condor andino. Ele colaborou com o projeto EPHI entre 2018 e 2019, coletando dados sobre recursos florais e colocando câmeras nas reservas de Sachatamia, Mashpi e Alaspungo.
María José é zoóloga graduada pela Universidade San Francisco de Quito. Participou do projeto EPHI desde 2018 como assistente botânica. Atuou na coleta de amostras de plantas, medindo características das flores e elaborando guias de campo para a identificação de plantas utilizadas pelos beija-flores em todos os transectos. Além disso, colabora na digitalização dos dados de interação planta-beija-flor, bem como na revisão das informações do banco de dados.
O Projeto EPHI Equador contou com a valiosa participação da população local, que tem sido nossos assistentes de campo, ajudando com a instalação das câmeras e com a troca das mesmas nos distintos transectos. Wilson Hipo, Rolando Hipo e Silvio Calderón estiveram em Yanacocha e Verdecocha; Roberto Paillacho no Alaspungo; Segundo Imba e Gera Obando em Las Gralarias; Daniel Ponce em Sachatamia; Michael Carlosama em Puyucunapi; Noé Morales em Santa Lucía; Diana Salvador em Rumisitana; Sergio Basantes em Amagusa; Christian Montalvo em Un Poco del Chocó; Darío Medina, Anderson Medina, Kevin Cortez e Andrés Paladines em Mashpi.
No Equador, o projeto EPHI é liderado pelo Aves y Conservación/BirdLife, uma organização não governamental sem fins lucrativos criada em 1986 por um grupo de ornitólogos e entusiastas das aves. Sua missão é contribuir para o estudo e conservação das aves, seus habitats e a biodiversidade do Equador, em benefício da população e com sua participação ativa. Também faz parte da União Internacional para a Conservação da Natureza, do Grupo de Trabalho Nacional para a Conservação do Condor Andino e da Coordenação Equatoriana de Organizações para a Defesa da Natureza e do Meio Ambiente. A organização tem âmbito nacional, cobrindo o Equador continental e as Ilhas Galápagos, onde foram identificadas 110 áreas-chave para a conservação das aves e da biodiversidade (KBAs), que são o foco de seus esforços de conservação.
Além disso, o projeto não teria sido implementado sem o apoio e colaboração de Santa Lucía, Fundação Maquipucuna, Un Poco del Chocó, Mashpi Lodge, Fundação Las Gralarias, Amagusa, Sachatamia Lodge, Fundação Jocotoco, Verdecocha, Floresta nebulosa Mindo, Rumisitana, Pontificia Universidade Católica do Equador e da comunidade Alaspungo.